quarta-feira, 4 de abril de 2012

Desalinhos#1

Estava a pensar no desafio de amanhã. O céu, o céu que tenho agora sobre a cabeça é cinzento de poluição e porque tem estado chocho nos últimos dias. Estava a pensar na saudade do céu de Viana do Castelo que é a minha terra mas também estava a pensar nos céus de Lisboa onde tenho o meu lar. Depois lembrei.me, esse lar já não existe, roubaram.mo, tiraram.mo, acabaram com ele. Por isso já não sei onde deva ficar. Sinto.me neste momento desterrada. Longe de casa, com um lar que já não existe, e sem saber muito bem onde pertencer.
Esse lar que sei bem não existe há muito tempo, mas que permanecia o meu refúgio e o meu canto.
Agora vou ter de reconstruir um, não tenho como o mudar de sítio – e eu bem gostaria – mas vou ter de o mudar por dentro. O meu lar vai ser reconstruído totalmente por mim e desta vez vai ser sólido como uma rocha. O meu lar, aquele que já não me poderão roubar, aquele que nunca mais irão destruir.

Infelizmente hoje, a pensar no céu, sinto.me desterrada, sem raízes, sem lugar, um pouco perdida, ou nada, não sei.

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